Por Ádamo Antonioni
O LabMóvel ZikaBus esteve no Instituto Federal do Paraná (IFPR), campus de Campo Largo, nesta segunda-feira, 01/08, para conscientizar os estudantes do Ensino Médio sobre a importância do combate ao mosquito Aedes aegypti, vetor de doenças como dengue, zika, febre chikungunya e febre amarela urbana. No total, 103 alunos e alunas passaram pelo museu itinerante ao longo do dia.
“Muitas pessoas nãos sabem como o mosquito se prolifera. Por isso é importante uma ação como esta”, afirma Melissa Cristina Zabloski, 17 anos, estudante do 3º. Ano do curso de Agroecologia. Outro estudante que também acompanhou a ação foi Leonardo Ferreira, 17 anos, também estudante do 3º. Ano do curso de Agroecologia: “Acho bem necessária essa ação para conscientizar a população sobre a existência desse vírus, como ele funciona, sintomas, como se prevenir, e também achei interessante o aplicativo para identificar os focos de dengue”, ressalta.
O aplicativo ao qual Leonardo se refere é o Globe Observer, desenvolvido pela NASA e que permite que cidadãos coletem dados científicos sobre o meio ambiente, apoiando, desse modo, pesquisas a nível global. Entre seus protocolos, está o Mosquito Habitat Mapper, voltando para o combate ao Aedes aegypti.
Assim, os alunos do IFPR, sob mediação da equipe do ZikaBus, saíram pelo campus para identificar e registrar potenciais criadouros de mosquito. As informações coletadas foram fotografadas e enviadas para uma base de dados global, ajudando cientistas do mundo inteiro a desenvolver estratégias de prevenção de doenças. “Os estudantes passaram a observar os espaços do seu cotidiano com outros olhos”, analisa Mylena Agustin, uma das supervisoras do LabMóvel ZikaBus. “Foi um dia em que eles viveram a experiência de atuar como cientistas cidadãos”, finaliza.
![]() Estudantes acompanham atentamente a exposição externa do ZikaBus. |
![]() Mylena Agustin demonstra como funciona o app Globe Observer. |
Créditos: Ádamo Antonioni
Por Chananda Buss
A exposição em cartaz “Os efeitos da bomba atômica” explora como se dava a circulação de informações entre os estudantes na Guerra Fria, logo antes do golpe cívico-militar de 1964.
O Museu Professor Guido Straube, parte do Centro de Memória do Colégio Estadual do Paraná, reúne mais de 8 mil itens, entre os exibidos e a reserva técnica, coletados ao longo dos anos de funcionamento da escola. Máquinas de escrever, uniformes antigos, microscópios, documentos e esculturas, além de ajudarem a contar a história do colégio, revelam pedaços da história brasileira.
Para a professora de história e coordenadora do Centro de Memória do Colégio Estadual do Paraná, Mara Barbosa, entender o passado nos ajuda a compreender a atualidade. “A parte mais importante de uma memória é o presente. Mas, é o passado que dá o contexto para o que está acontecendo agora, não dá para perder essa relação”, explica. Na exposição, os documentos históricos e os textos de apoio do museu levam o visitante a questionar o presente.
Os efeitos da bomba atômica
A exposição temporária “Os efeitos da bomba atômica” explora como se dava a circulação de informações entre os estudantes na Guerra Fria, logo antes do golpe cívico-militar de 1964. Cartas de agradecimento a materiais enviados ao grêmio estudantil, notícias e revistas fazem parte dos materiais expostos.
A limpeza, organização, leitura e seleção de materiais para a formação da exposição é feita em parceria com os estudantes do colégio. A atividade, nomeada de monitoria, é realizada por alunos do nono ano do ensino fundamental até o terceiro ano do ensino médio. A exposição que está sendo preparada no momento é sobre a redemocratização do Brasil.
As amigas Mirela Neves, de 16 anos, e Kiara Veigand, de 17, do terceiro ano, participam da monitoria há 6 meses. “É muito legal, tenho interesse por história. Eu ajudo na preservação desse material, aprendo com os documentos e contribuo com a escola”, conta Kiara.
Os estudantes
“O senso de pertencimento que o museu traz para os alunos é muito importante. Os estudantes vão comentando e a presença aqui vai se multiplicando e isso ajuda a entender o que é o colégio e pensar nas trajetórias”, diz Mara Barbosa.
Também coordenadora do Centro de Memória e professora de história, Cleusa Maria Fuckner ilustra essa relevância com a história da visita de um grupo de alunos do sexto ano do ensino fundamental. “Eles vieram conhecer os telefones antigos, entender como funcionam e relacionaram com o conteúdo sobre comunicação que tiveram em sala de aula. Os estudantes vêm aqui e explicamos as exposições para eles”, conta.
Para visitar ou pesquisar o acervo
Localizado no Colégio Estadual do Paraná (Av. João Gualberto, 250 – Alto da Glória), o museu funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h e das 13h às 16h. Para visitar, é preciso agendar um horário pelo e-mail centrodememoria@cep.pr.gov.br ou telefone (41) 3234-5605.
Para os casos de pesquisas acadêmicas no acervo do museu, também é necessário fazer um agendamento por e-mail ou telefone para conhecer os itens expostos e na reserva técnica. “O acervo do museu tem muitas informações relacionadas com a história da educação e do movimento estudantil”, explica Cleusa.